Elétrico da Renault está desembarcando no Brasil e promete bater de frente com BYD: mais barato!
Renault Kwid E-Tech chega ao Brasil e desafia o BYD Dolphin Mini com preço mais baixo, autonomia urbana e foco em motoristas de app!
O Renault Kwid E-Tech está prestes a chegar ao Brasil com uma proposta clara: ser o carro elétrico mais barato do país e rivalizar diretamente com o BYD Dolphin Mini, atual líder no segmento de compactos elétricos.
O modelo, baseado no europeu Dacia Spring, chega ao mercado com preço estimado em R$ 120 mil, valor abaixo do seu principal concorrente chinês. Veja tudo o que já descobrimos sobre o modelo a seguir.
Preço, proposta e público-alvo do Renault Kwid E-Tech

A grande aposta da Renault é oferecer um modelo elétrico acessível para motoristas de aplicativo, frotistas e consumidores urbanos que buscam economia.
Com custo estimado de R$ 120 mil, o Kwid E-Tech se posiciona abaixo do BYD Dolphin Mini, que custa cerca de R$ 125 mil na versão de entrada.
Além do valor menor, o modelo também se beneficia da isenção de IPI por meio do programa “Carro Sustentável”.
Seu custo de manutenção é outro atrativo, estimado em até 30% menos do que um carro a combustão. A recarga pode ser feita em tomada doméstica, wallbox ou nos mais de 3 mil pontos públicos no Brasil.
O tempo de recarga vai de 5 horas em corrente alternada (AC) a 56 minutos para 80% da carga em corrente contínua (DC).
Desempenho e autonomia

Com bateria de 26,8 kWh, o Kwid E-Tech entrega autonomia de 225 km no ciclo europeu WLTP.
O modelo tem motor elétrico de 65 cv e 11,5 kgfm de torque, suficiente para deslocamentos urbanos, embora a aceleração de 0 a 100 km/h em 13,7 segundos revele limitações em desempenho.
A velocidade máxima é de 125 km/h, ou 100 km/h no modo Eco. O carro pesa 1.056 kg, o que favorece a eficiência energética — cerca de 8 km por kWh.
A suspensão traseira por eixo rígido e os freios a tambor contribuem para o baixo custo de produção, mas afetam o conforto em pisos irregulares.
Ainda assim, a simplicidade construtiva atende ao público-alvo que prioriza economia e uso diário em centros urbanos.
Design, interior e equipamentos

O Kwid E-Tech adota um visual atualizado com elementos do Renault Duster europeu.
- Tem 3,70 metros de comprimento e porta-malas com 308 litros de capacidade — superior ao do Dolphin Mini (230 litros) e também a alguns modelos a combustão, como o Fiat Mobi.
- Os faróis são halógenos com design elipsoidal, e as lanternas contam com iluminação em LED.
- Por dentro, há avanços como painel digital de 7” e central multimídia de 10,1” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio.
- O volante tem ajuste de altura e a alavanca de câmbio foi redesenhada.
Apesar das melhorias, o acabamento continua simples, com plásticos duros, parafusos aparentes e ausência de itens como saídas de ar traseiras, portas USB e alças de apoio.
Segurança e comparativo com o BYD
No quesito segurança, o Kwid E-Tech oferece:
- recursos como assistente de permanência em faixa;
- detector de fadiga;
- reconhecimento de placas;
- 6 airbags;
- controle eletrônico de estabilidade (ESP);
- assistente de partida em rampa.
A frenagem de emergência, no entanto, é auxiliada por uma câmera no retrovisor, substituindo o radar frontal.
A estrutura do veículo, no entanto, não foi reforçada e resultou em apenas uma estrela no EuroNCAP.
Em relação ao BYD Dolphin Mini, o Renault perde em potência (65 cv contra 75 cv), autonomia (225 km contra 280 km) e refinamento interno.
No entanto, oferece preço inicial menor, porta-malas maior, menor peso e melhor eficiência energética. A decisão entre um e outro deve recair sobre o que o consumidor valoriza mais: desempenho ou economia.
Estratégia e impacto no mercado do Renault Kwid E-Tech

Por fim, com vendas de elétricos em alta no Brasil — crescimento de 73% em 2024, segundo a ABVE — a Renault aposta no Kwid E-Tech como ferramenta para atingir suas metas de emissões dentro do Proconve L8 até 2027.
O modelo também faz parte da estratégia global da marca de oferecer veículos elétricos acessíveis, como já ocorre com o Dacia Spring na Europa.
O foco da Renault está em cidades com infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento e em consumidores que buscam um carro elétrico funcional, de baixo custo e fácil manutenção.
Vale saber que o Kwid E-Tech não entrega luxo nem alta performance, mas se posiciona como uma alternativa prática em um segmento que deve crescer ainda mais nos próximos anos.
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