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CB 650R E-Clutch 2026 – preço e principais mudanças em comparação ao modelo anterior

A Honda CB 650R E-Clutch 2026 chega ao Brasil com embreagem eletrônica e ajustes no visual. Veja o que muda em relação à versão anterior.


A Honda confirmou a chegada da nova CB 650R E-Clutch 2026 ao mercado brasileiro. A moto estreia por aqui com o sistema de embreagem eletrônica da marca, e será oferecida em versão única a partir da segunda quinzena de agosto.

O preço sugerido é de R$ 58.270 (sem frete ou seguro), com três anos de garantia e assistência 24h válida em seis países da América do Sul.

O que é o E-Clutch e como ele funciona

A principal novidade da CB 650R 2026 é a embreagem eletrônica E-Clutch, inédita no Brasil. O sistema permite sair com a moto, trocar marchas e parar sem usar o manete da embreagem, que segue presente no guidão.

CB 650R E-Clutch 2026 - preço e mudanças
Foto: Divulgação/Honda

O piloto pode pilotar de três formas:

  • Totalmente automática, sem tocar na embreagem.
  • Manual, desligando o E-Clutch pelo painel.
  • Mista, usando a alavanca quando quiser. O sistema entende a ação e depois retoma o controle automático.

Ao ligar a moto, o E-Clutch é ativado automaticamente. O acionamento é feito por sensores eletrônicos que reagem ao acelerador, à inclinação e ao guidão. O sistema inclui ainda quickshifter com ajustes de sensibilidade.

Como é pilotar a Honda CB 650R E-Clutch 2026?

O uso do E-Clutch exige alguma adaptação, especialmente nas saídas. A moto não morre ao parar, mesmo com marchas altas engatadas, e isso facilita bastante no trânsito urbano.

Foto: Divulgação/Honda

Por outro lado, é preciso aprender a dosar o acelerador nas arrancadas, o que pode estranhar no começo.

Em uso esportivo, a tecnologia se mostra eficiente. Com o acelerador aberto, é possível subir marchas sem embreagem com suavidade. Já em manobras em baixa velocidade, o controle mais fino do acelerador eletrônico é essencial.

Para quem tem muitos anos de experiência com motos manuais, a tendência inicial é continuar usando a embreagem — mesmo sem necessidade. Ainda assim, o sistema pode agradar tanto a iniciantes quanto a motociclistas experientes.

Mudanças no visual e no painel

O design da CB 650R mantém o estilo Neo Sports Café, mas com ajustes discretos:

  • Novo farol e lanterna em LED
  • Defletores no radiador
  • Traseira mais alta
  • Mesma capacidade de tanque (15,4 litros), com linhas angulosas

O painel agora é uma tela TFT colorida de 5 polegadas, com três modos de visualização e brilho ajustável. Os comandos no punho esquerdo foram atualizados com retroiluminação e controle por joystick, facilitando o uso durante a pilotagem.

Motor e ficha técnica da Honda CB 650R E-Clutch 2026

O conjunto mecânico da CB 650R segue o mesmo da geração anterior, com motor de quatro cilindros e entrega esportiva. A seguir, a ficha técnica com os principais dados do modelo:

EspecificaçãoDetalhe
Motor4 cilindros, 4 tempos, DOHC, 649 cm³
Potência86,7 cv a 12.000 rpm
Torque5,8 kgfm a 9.500 rpm
TransmissãoCâmbio de 6 marchas, com E-Clutch
Controle de tração (HSTC)Sim, com opção de desligamento
Suspensão dianteiraShowa SFF-BP invertida, 41 mm
Suspensão traseiraMonochoque, ajuste de pré-carga
Freios dianteirosDois discos de 310 mm, pinças radiais 4 pistões
Freio traseiroDisco de 240 mm, pinça simples
PneusDianteiro: 120/70 ZR17
Peso seco195,2 kg
Altura do assento810 mm
Tanque de combustível15,4 litros

Versão única e projeções futuras

A CB 650R 2026 será vendida apenas com o E-Clutch, tanto no Brasil quanto em outros mercados. Para quem não quiser utilizar a tecnologia, há a opção de desligá-la e usar a moto como uma tradicional.

Foto: Divulgação/Honda

A Honda já utiliza o E-Clutch em modelos menores (250/300 cc) no Japão, o que pode indicar uma futura popularização da tecnologia em motos de entrada, com custo menor do que o DCT (câmbio automático de dupla embreagem).

Com isso, o E-Clutch pode se tornar um ponto de virada para quem busca conforto no uso urbano, sem abrir mão do controle na pilotagem esportiva.

Jornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.