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Por que a Nissan está patinando no Brasil, segundo os melhores especialistas: os clientes

Veja os problemas retratados pela Nissan e que podem estar inferindo no crescimento da marca no Brasil, segundo os consumidores


Apesar de sua reputação internacional como fabricante de veículos confiáveis e modernos, a Nissan tem encontrado dificuldades para conquistar o consumidor brasileiro.

Mesmo oferecendo produtos com designs atraentes e preços competitivos em relação a marcas japonesas como Toyota e Honda, a montadora enfrenta críticas. No Reddit, os próprios clientes compartilharam suas percepções sobre os desafios enfrentados pela montadora no Brasil e o PCD Carros traz as principais delas a seguir:

Problemas tecnológicos e de funcionalidades da Nissan

Problemas tecnológicos e de funcionalidades da Nissan
Problemas tecnológicos e de funcionalidades da Nissan

Um ponto recorrente nas reclamações dos consumidores brasileiros é a defasagem tecnológica de alguns modelos da Nissan.

Aspectos como a ausência de conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, retrovisores sem rebatimento elétrico e vidros sem a função de subida automática ao trancar o veículo são citados como exemplos de economia em itens básicos.

Além disso, a falta de padronização entre os modelos agrava a situação.

Enquanto versões mais acessíveis, como o Versa, oferecem câmeras 360° de série, o Sentra — um sedã mais caro — não disponibiliza a funcionalidade em algumas configurações.

Essa inconsistência acaba vista como um ponto de frustração para quem avalia a marca.

Precificação e concorrência

Precificação e concorrência
Precificação e concorrência

A política de preços da Nissan também tem sido um entrave no Brasil.

Modelos como o Sentra, por exemplo, enfrentam forte concorrência de sedãs como o Toyota Corolla e o Honda Civic, que, além de tradição, oferecem mais recursos tecnológicos por valores equivalentes.

O Kicks, SUV mais vendido da marca, por outro lado, também é visto por alguns como caro em comparação a rivais diretos.

Adicionalmente, o custo de peças e manutenção é frequentemente apontado como elevado.

Mesmo sendo reconhecidos por sua durabilidade e confiabilidade mecânica, os veículos sofrem com a percepção de que as peças originais têm preços acima da média do mercado, o que pode afastar potenciais clientes.

Rede de concessionárias e pós-venda da Nissan

Rede de concessionárias e pós-venda da Nissan
Rede de concessionárias e pós-venda da Nissan

Outro fator que impacta negativamente a Nissan no Brasil envolve sua rede de concessionárias reduzida, segundo os consumidores, especialmente quando comparada às marcas concorrentes.

Eles destacam que a presença limitada dificulta o acesso a serviços de manutenção e reparo, comprometendo a experiência do cliente.

Além disso, o pós-venda da marca não é visto como um ponto forte. Falhas no atendimento e a falta de peças disponíveis em estoque são reclamações frequentes, reforçando a insatisfação entre os proprietários.

Decisões estratégicas e marketing

A perda de relevância da Nissan no mercado brasileiro também acaba atribuída a decisões estratégicas pouco acertadas.

Em contraste com o início dos anos 2000, quando a marca se destacou com campanhas publicitárias memoráveis, como a dos “Pôneis Malditos”, sua presença publicitária atual acaba considerada discreta. Isso dificulta a consolidação da marca no imaginário do consumidor.

A descontinuação de modelos populares, como o March, impactou negativamente a percepção da Nissan. Sem opções de entrada competitivas, a marca ficou mais dependente de um público de nicho, enquanto rivais ampliaram suas ofertas.

Mudanças no portfólio e tendências do mercado

Mudanças no portfólio e tendências do mercado
Mudanças no portfólio e tendências do mercado

Por fim, o mercado brasileiro tem mostrado uma preferência crescente por SUVs e crossovers, e a Nissan conseguiu algum destaque com o Kicks.

No entanto, outros segmentos, como o de sedãs, têm desempenho fraco, com modelos como Versa e Sentra vendendo abaixo do esperado.

Outro desafio envolve o fato de boa parte dos modelos vendidos no Brasil acabar importada, exceto o Kicks, fabricado localmente. Isso limita a oferta e pode elevar os preços, prejudicando a competitividade da marca em um mercado altamente sensível a custo-benefício.

Jornalista há mais de 12 anos, formada pela Faculdade Santa Amélia - Unisecal, pós graduanda em Marketing Digital e redatora SEO da WebGo Content.