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Acessibilidade e automação: O futuro dos carros PCD

Pensando em aderir um carro PCD em breve? Saiba como a automação pode contribuir com a acessibilidade em um futuro próximo.


A automação de veículos representa uma grande promessa para a mobilidade e acessibilidade de Pessoas com Deficiência (PCD) no Brasil.

Com 8,9% da população brasileira vivendo com algum tipo de deficiência, segundo o IBGE, as tecnologias dessa forma acabam por transformar a maneira como essas pessoas se locomovem. Também trazem uma alternativa para superar as barreiras impostas pela condição.

Tecnologia de Automação na Acessibilidade: Uma Revolução para PCD

Os veículos autônomos têm evoluído consideravelmente desde os primeiros modelos remotos na década de 1920, segundo a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Hoje, eles são equipados com sensores avançados, inteligência artificial e recursos automatizados de direção, como câmbio automático, controle de velocidade e freios ABS.

Esse avanço possibilita a condução sem intervenção humana, o que o torna uma solução promissora para PCDs.

Segundo a instituição, a busca por inclusão e independência depende da acessibilidade no transporte, algo que veículos autônomos têm o potencial de revolucionar.

Atualmente, a deficiência e a falta de infraestrutura de transporte público acessível limitam o acesso a oportunidades de emprego, saúde e atividades sociais.

No contexto brasileiro, 88% das cidades que possuem transporte por ônibus, por exemplo, não cumprem normas de acessibilidade.

Assim, a necessidade de veículos autônomos para essa população pode ser uma alternativa positiva.

Vale pontuar que a autonomia se adapta para diferentes tipos de deficiência – física, visual, auditiva ou cognitiva. Isso, por outro lado, cria uma nova perspectiva de mobilidade inclusiva.

Benefícios dos Veículos Autônomos para Motoristas com Deficiência

A introdução da automação na acessibilidade de motoristas com deficiência pode trazer impactos significativos para a qualidade de vida.

Segundo o estudo da AEA, a falta de transporte seguro é um dos motivos que impedem um quarto das PCDs de estarem empregados, por exemplo.

A automação, por outro lado, pode eliminar essa barreira e facilitar o deslocamento diário ao trabalho, consultas médicas e atividades cotidianas.

Além disso, a segurança no trânsito também seria ampliada. Estimativas indicam que veículos autônomos podem reduzir acidentes em até 35%, tornando-se uma alternativa mais segura.

Para pessoas com deficiência física, visual ou auditiva, que atualmente dependem de outras pessoas ou de um transporte público precário, essa independência representaria uma mudança de vida bastante interessante.

Inovações Atuais e Futuras no Mercado PCD com automação e acessibilidade

Algumas inovações estão surgindo no mercado para tornar veículos autônomos acessíveis a PCDs.

  • A Waymo, uma das pioneiras no setor, por exemplo, está desenvolvendo modelos com sinalizações sonoras, botões em Braille e comandos de voz para atender pessoas com deficiência visual.
  • Adaptações para cadeirantes e deficientes auditivos também estão sendo consideradas por outras empresas.
  • No Brasil, o “e.coTech4 Autônomo” se destaca como um veículo elétrico de nível 4 de autonomia, capaz de realizar trajetos previamente definidos sem intervenção humana. O modelo apresenta soluções para PCDs, como comandos por voz, espaço adaptado para cadeiras de rodas e sistemas de monitoramento remoto.

Vale pontuar que a introdução de veículos autônomos para PCDs não é apenas uma questão de tecnologia, mas também de políticas públicas e adaptação de infraestrutura urbana daqui para frente.

O desenvolvimento de legislação específica e incentivos governamentais, por exemplo, são pontos-chave para que essas inovações cheguem à população.

Previsões para o Futuro da Mobilidade Acessível

Por fim, vale saber que a tendência global aponta para um cenário de crescimento da automação na acessibilidade e mobilidade.

Isso traz expectativas positivas para a inclusão social de PCDs, idosos e pessoas com condições específicas, como epilepsia, segundo a AEA.

Entretanto, ainda há desafios a serem superados, como:

  • Custo de adaptação dos veículos para diferentes tipos de deficiências;
  • Falta de uma arquitetura padronizada que atenda a todas as necessidades;
  • Infraestrutura urbana limitada para essa nova modalidade de transporte;

Segundo a instituição, tempo e investimento para o desenvolvimento dessa tecnologia serão decisivos para o futuro da mobilidade PCD no Brasil.

Internacionalmente, legislações e testes já estão em vigor em países como EUA e Europa. No Brasil, no entanto, ainda há certa lentidão no assunto.

Porém, espera-se que, com o avanço tecnológico e apoio governamental, a integração dos veículos autônomos na rotina das PCDs também acabe como uma realidade em um futuro próximo.

Jornalista há mais de 12 anos, formada pela Faculdade Santa Amélia - Unisecal, pós graduanda em Marketing Digital e redatora SEO da WebGo Content.